NOVACALLIOPE

 UM ANO MAIS

Mais um ano ainda, dentro de tantos, tantos,

Vejo passar no vértice das suas veneras…

--Pobre de mim que vivo ainda de quimeras,

E vou deslizando breve, já prós desencantos!

Dantes nos bons tempos tinha muitas primaveras,

Todas já se foram com muitos, muitos danos,

Assim, vi meus imprudentes sonhos, ufanos

Irem transpondo todas enigmáticas esferas!

Hoje, já não me resta, nm esp’ranças sequer,

Nem um sonho só dos sonhos de cor rosicler,

A iluminar um pouco alguns dos meu flancos…!

…Que hei-de transpor-Que sabemos- uns anos mais

Com muitas rugas no semblante, infernais,

E com certeza vão se ver muitos cabelos brancos